O site Cumhuriyet conversou com Akın Akınözü, o ator que tem aumentado a quantidade de fãs da série Tuzak, e seu personagem Umut, que busca vingança, e a visão de Akınözü sobre a atuação.

A vingança é uma maneira de fazer justiça com as próprias mãos? A série Tuzak, que entrou na grade da TV8 fazendo muito barulho, fez também seu público levantar essa questão. Akın Akinözü, que com sucesso deu vida ao personagem Umut, tem algo a dizer sobre isso.

Akın Akınözü, o vingativo Umut de Tuzak

Ele é um ator que enriquece o mundo do pensamento com a filosofia em sua jornada como matemático. É assim que ele lida com seus personagens. Vamos deixar com ele…

– Tuzak fala sobre vingança. A vingança é um sentimento poderoso. Como você olha para esse conceito de vingança?

“Tuzak” é na verdade sobre justiça. Acho que a vingança na nossa história representa um combustível emocional usado para encontrar justiça. Sentimentos fortes como vingança podem ser perigosos e destrutivos quando tomam a pessoa, mas através da inteligência e vontade, pode ser a chave para alcançar objetivos mais virtuosos, como a justiça, ao seguir o caminho correto.

– Você acha que seu personagem, Umut, tem uma boa justificativa em seu desejo de vingança?

Sim, eu acho justo seu desejo por justiça, e eu admiro a sua capacidade de administrar sua vingança ao longo do seu caminho. Umut é um personagem em que sempre acreditei.

– Você tem uma história muito interessante, de acordo com seus colegas. Uma mãe que levou seu filho a estudar em um conservatório, mas que era um bom aluno e gostava de matemática. E certa vez você disse: “Tenho tentado resolver problemas na atuação.” Foi porque você descobriu um lado seu que se adequava à sua maneira de pensar que começou sua paixão por atuar?

Na verdade, foi minha descoberta de que não era adequado para o meu modo de pensar… Fiquei entusiasmado com a perspectiva de fazer uma viagem ao desconhecido onde o meu modo matemático de pensar seria desafiado e testado. Mas foi a matemática que me deu força e confiança para dar esse passo.

– Me deparei com seu comentário muito bom sobre Joaquin Phoenix. Você disse: “Marlon Brando criou uma nova forma de atuar”. Acho que este comentário reforça a conexão que você estabeleceu entre atuação e pensamento analítico. Como você lida com sua profissão ao criar um personagem? Ao dizer que “Toda história tem uma matemática” significa dizer que todo personagem também tem uma matemática?

Joaquin Phoenix aceitou fazer o filme “Coringa” com a condição de que não houvesse necessidade de memorização, continuidade ou ensaio para qualquer cena. Porque ele percebe que só pode alcançar a matemática caótica e espontânea do personagem que interpreta se todas as possibilidades estiverem abertas em cada cena. Quando Todd Philips, diretor do filme, foi iniciar o processo de edição, disse que tinha um milhão de Coringas…

Mesmo assistindo a um único Coringa, sentimos o caos de um milhão de possibilidades diferentes a todo momento. Esse exemplo mostra claramente como lidar com um personagem e como cada personagem tem sua própria matemática.

– Você é considerado um ator da nova geração. Qual é a diferença de atuação entre o estilo atual e o estilo à moda antiga?

À medida que época muda, as formas de expressão que atraem as pessoas também mudam. Por isso, acho que o que vale não é a geração, mas a capacidade de se ajustar à forma de expressão de cada geração.

– Você tem um relacionamento que quase todo mundo admira. Ao mesmo tempo, você é elogiado e mostrado como exemplo por sua conduta e comportamento. Então, como você fica longe de possíveis maus hábitos e padrões comportamentais que a fama traz?

Ao focar no valor que isso traz à minha vida, nas responsabilidades que carrego, e nos possíveis maus hábitos e padrões de comportamento que podem vir junto.

– Você passou um tempo nos Estados Unidos, quando ainda era adolescente. Por que foi embora, e o que trouxe de lá?

Passei toda a minha adolescência lá. Fui estudar na universidade. Mas quando olho para trás hoje, entendo que eu tenho mais coragem e maturidade que apenas estudar em uma das principais universidades do mundo, que deixei minha família aos 17 anos e fui para o outro lado do mundo, para uma cultura e geografia que não conhecia, e que dei um passo para a atuação que hoje é minha profissão.

Playlist de Umut

– Eu sei que você está muito ligado à música. Quais músicas foram tocadas na sua playlist do Spotify recentemente? Poderia compartilhá-las conosco?

Faço uma nova playlist para cada personagem que interpreto. Durante os períodos de filmagem, a música de fundo geralmente é uma playlist que fiz para meu personagem. Alguns exemplos de Umut são: Levent Yüksel – Tuana, Pinhani – Dünyadan Uzak, Nina Simone – Sinnerman (Sofi Tukker Remix).

VALE A PENA FAZER PERGUNTAS

– Você tem interesse em filosofia, e acho que já estudou também. Na sua opinião, como o modo de pensar filosófico de uma pessoa pode sair do mundo do pensamento e ter um efeito positivo em sua vida cotidiana, profissão e decisões?

A filosofia é a arte de pensar, e através da filosofia aprendemos a fazer perguntas. Para mim, fazer perguntas sempre foi mais valioso do que respondê-las, porque sem fazer perguntas não é possível progredir no nosso dia a dia, na nossa carreira ou nas decisões que tomamos.

Os computadores de hoje já atingiram um nível em que podem dar respostas mais rápidas, precisas e ainda mais harmoniosas do que nós, mas ainda somos nós que fazemos a pergunta. A filosofia é mais importante do que seu efeito positivo em nossas vidas, nossa profissão e nossas decisões, é a escola de uma das ações mais importantes que o ser humano precisa para sobreviver livremente.

Fonte: https://www.cumhuriyet.com.tr/turkiye/akpli-yuregir-belediyesine-ait-cenaze-aracindaki-dort-tabutun-icinde-esrar-ele-gecirildigi-ortaya-cikti-2006568

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